No dia 1º de outubro, um quadro com a imagem do Beato Padre Eustáquio passou a fazer parte da “Galeria dos Saudosos Holandeses” da igreja de São Miguel e São Magno, no Estado do Vaticano. O templo, conhecido como “Igreja dos Frísios Holandeses”, é considerado a principal igreja nacional dos Países Baixos em Roma.
A entronização do quadro com o rosto do Beato foi proposta pelo reitor do local, o bispo holandês Dom Antoon Hurkmans, que esteve em Belo Horizonte, na Beatificação de Padre Eustáquio em 2006. Às 10h30 da manhã, no horário local – 6h30, no Brasil, o bispo iniciou a cerimônia com a Santa Missa. Na homilia, a vida e a trajetória de Padre Eustáquio foram lembradas e colocadas como exemplo. Em seguida, o quadro foi levado para a galeria, onde ficará de forma permanente. De acordo com Dom Hurkmans, a celebração, que foi transmitida pela TV holandesa, fez parte das comemorações do mês missionário que teve Padre Eustáquio como exemplo para os religiosos vindos da Frísia.
Para o padre Marcus Vinícius Maciel, SSCC, responsável pelo processo de Canonização de Padre Eustáquio no Brasil, a notícia da entronização foi recebida com muita alegria pela comunidade brasileira e holandesa, especialmente para os devotos do religioso. “Este é mais um reconhecimento das virtudes e da espiritualidade do Padre Eustáquio que chega a Roma. Estamos muito contentes, especialmente, porque este será mais um meio de divulgar a vida e a história do beato”, destacou padre Vinícius.
Os Frísios
A Frísia é uma província, com idioma e costumes próprios, que está situada ao norte da Holanda (Países Baixos). Os habitantes de lá foram convertidos ao cristianismo no século VIII por São Willibrord, conhecido como o “Apóstolo dos frísios”. Desde então peregrinos daquela região visitam Roma regularmente e uma colônia frísia se estabeleceu na cidade. Há documentos no Vaticano que mencionam a “Schola dos Frisios” em Roma, já no ano de 799. Porém, depois da invasão sarracena, também no século VIII, que pretendia destruir a Antiga Basílica de São Pedro, a “Schola frísia” foi devastada. No século XII houve a reconstrução do lugar e, finalmente, em 1.446 o papa Eugênio IV confirmou o direito perpétuo dos frísios à igreja de Santi Michele e Magno (São Miguel e São Magno).
Fonte: Ass. Comunicação Pró-Canonização
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