Notícias

Palavra do Padre Eustáquio: A visão católica sobre a relação entre o homem e as coisas materiais

0

Em um mundo cada vez mais centrado nos valores materiais, é crucial refletir sobre a relação entre o homem e as coisas materiais à luz da fé católica. As coisas materiais foram criadas para servir ao homem, não o contrário. Esta é uma noção fundamental que deve ser compreendida em nossa sociedade moderna, onde frequentemente colocamos as coisas materiais no centro de nossas vidas, deixando a dignidade humana em segundo plano.

Essa inversão de valores ocorre quando esquecemos que somos chamados a ser “donos das coisas materiais” e, em vez disso, agimos como escravos delas. Essa inversão jamais ocorreria se nos submetêssemos ao ensinamento da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que é a guardiã infalível da verdade.

Padre Eustáquio escreveu uma bela reflexão sobre o tema que você lê a seguir:

Sobremodo em nosso tempo, é bom insistir, é bom frisar, é indispensável bater muitas vezes nessa tão perigosa tecla, causa de tantos enganos e de decepções, de tanta cegueira de espírito – isso é, que as coisas materiais foram feitas e existem por causa do homem, e não o contrário, como faz crer essa época, ou seja, que o homem tivesse sido criado para escravo e não para dono das coisas materiais.

Ora, essa perigosíssima, quão funesta inversão ou fusão de valores na ordem da criação, jamais teria acontecido se o homem sempre se houvesse disposto com docilidade e submissão, muito honrosa, para com o ensino da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, guardiã e mestre única, infalível, da verdade, e, por consequência lógica, também a mais autorizada conselheira nas coisas de ordem temporal, em face das quais tem a atitude segura e firme de observador desinteressado, porque um só é o seu interesse, o bem das almas.

Donde, pois, vem a ser verdade que, ao tratar dos assuntos temporais meramente sociais, encara a Igreja tão somente o ângulo de vista da utilidade e bem estar humano, acudindo com o seu ensino e conselho desinteressados e imparciais, a fim de não ver o mau emprego ou errôneo uso dos bens, arruinar esforços humanos respeitáveis, como sejam, antes de outros, os das coletividades mais humildes, por serem os mais penosos e sacrificados, e, de si mesmos, privados de condução para aproveitamento, pois, de fato, vão ser aproveitados, ou perdidos por aqueles a quem couber a gerência das coletividades, porque, ao falar verdade, a origem da questão social é outro aspecto contristador do pecado de Adão, e, de então para cá, os frutos da terra, segundo o seu uso, ou abuso, podem produzir virtude, ou males, pois dão ocasião ao bem e à ruina.

 

You may also like

Comments

Comments are closed.

More in Notícias