Por meio da oração podemos falar com Deus e Ele vem ao nosso encontro para ouvir nossas súplicas. É pela oração que vivemos uma relação pessoal como filhos de Deus. Um dos textos escritos pelo padre holandês, traz uma belíssima reflexão sobre a oração e a importância dela na vida cristã.
Devemos rezar com perseverança e manter sempre aceso o nosso espírito de oração a Deus. Leia o texto escrito por Padre Eustáquio, na íntegra:
A Oração
“Já encontrei muitas coisas na minha vida, e vós também, que queríamos ver melhoradas, porém, não o conseguimos, apesar dos nossos esforços e do trabalho dos outros. Ficam essas coisas como estão. A sociedade de hoje está cheia de abusos, de misérias, para cuja solução muitos trabalham. No entanto, há pouco melhoramento, e em certos casos, as coisas pioram, há coisas que acompanham o homem imutavelmente desde o berço até a cova, e com ele se levanta e deita e é preciso ter paciência, paciência cristã.
Contudo para muitas coisas haveria uma solução, também para melhorar as questões sociais, se as mães ensinassem mais aos filhos juntar as mãozinhas para a oração, se, sobretudo, os homens também rezassem mais. Muitas coisas por piores que estivessem, variariam para melhor. Ah, que todos os lares, nas cidades e nos campos, imitassem os apóstolos dizendo: “Senhor, ensinai-nos a orar” Ah, se tivéssemos um povo que rezasse, a questão social seria solucionada depressa. Não precisaríamos mais de tantos combatentes do mal, porque todos os católicos estariam unidos intimamente pela oração, os nossos adversários não se esforçariam tanto, para perder-nos, porque as mãos postas são mais poderosas do que espadas de dois gumes, do que punhos fechados de ódio.
Assim como os Amalequitas foram expulsos pela oração de Moisés, assim também os nossos inimigos seriam expulsos, se manobrássemos armas espirituais.
É verdade que Nosso Senhor falou: “Sem Mim, não podeis fazer nada”. Nem Ação Católica, nem Cruzada, nem Marianos, adiantam alguma coisa, se Deus não ajudar. E para que Ele ajude, é preciso pedir. “Pedi e recebereis”.
Em muitos católicos, o espírito de oração afrouxou, pelo contato com o pensamento moderno, que visam em primeiro lugar, a autonomia, o levantamento da personalidade humana, a autossuficiência. Quer-se fazer tudo pelas próprias forças e o sobrenatural é empurrado para um cantinho da subconsciência, Vós, que estais aqui, não queirais participar deste espírito mudando. Quereis em tudo e para tudo, a oração e logo me pedis: Como é que devemos rezar? Deveis rezar com humildade, como o publicano do evangelho: “Senhor tende piedade de mim, pobre pecador”.
Deveis rezar com perseverança como o cego de Jericó. Quando lhe falaram para não gritar tanto a Nosso Senhor, começou a falar mais alto e mais insistente, deveis rezar com confiança, como aquela mulher do Evangelho, que não era judia e pediu as migalhas que caíam da mesa. Deveis rezar com abandono à vontade de Deus. Que sempre visa o melhor para nós.
Quando é que deveis rezar? Sem interrupção. De manhã, de noite, antes e depois das refeições, antes do trabalho, em perigos e tentações.“
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