Novo sino da Igreja Santa Luzia, em Patrocínio, homenageia Padre Eustáquio

A comunidade religiosa de Patrocínio nunca se esqueceu daquele que, por uns dias, morou naquela cidade. A Igreja Santa Luzia, que fica no centro da cidade, passa por uma grande reforma, desde o início do ano. As obras, que já estão em fase final, foram feitas tanto internamente quanto do lado de fora, na fachada. De acordo com informações da Rádio Difusora 95 (em matéria publicada no dia 29 de junho) o Padre Sizenando Oliveira, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio destacou que a reforma vai modernizar a igreja, mantendo suas características originais, já que o templo é tombado pelo Patrimônio Histórico.
Dentre as obras, o sino que fica no alto da torre ganhou um toque especial. Nele foi gravada a imagem do Beato Padre Eustáquio com os dizeres “Beato Pe. Eustáquio – Saúde e Paz”. A inscrição no sino ressoou como uma linda homenagem ao religioso, que trabalhou na igreja patrocinense de outubro de 1941 até fevereiro de 1942.

A PASSAGEM DE PADRE EUSTÁQUIO POR PATROCÍNIO-MG

Depois de descoberto pelos fiéis e arrastar multidões por onde passava, ao Padre Eustáquio ficaram interditos todos os grandes centros do Brasil. Poderia morar numa das casas da Congregação no interior do país e seu refúgio passa a ser o convento dos padres em Patrocínio–MG, no então Ginásio Dom Lustosa, a partir de 13 de outubro de 1941. A capela de Santa Luzia era seu campo de trabalho, mas com sérias restrições. Atendimento e bênçãos só no confessionário, onde chegava a ficar de sete a oito horas por dia. Sem uma queixa, Padre Eustáquio aceitou todas as condições. Em Patrocínio, experimentou novo ânimo. Mas lá permaneceu apenas quatro meses, de outubro de 1941 a fevereiro de 1942. Ele mesmo escreveu em dezembro de 1941:

“Fui assistir ao retiro e tive a felicidade de poder tratar intensamente da minha própria alma e recomendar de modo especial as intenções que tantas pessoas me pedem. Graças ao bom Deus, todos os dias conto com algumas conversões. Pessoas que anos e anos viviam afastadas de Deus e da Igreja, vejo voltar aos braços do nosso Divino Mestre. Quanto não há de transbordar o Coração de Jesus de verdadeira alegria! E eu não me sinto menos feliz com tantas ressurreições espirituais. Ganhar almas, aliviar dores e sofrimentos, eis aí meu grande ideal, inspirado por Deus! ”