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Por que Pe Coudrin e Henriqueta Aymer, fundadores de uma Congregação apostólica, escolheram a Regra de São Bento para os primeiros passos da sua comunidade?
A razão não foi a conveniência, mas uma combinação de circunstâncias históricas. Os fundadores não começaram com longas reflexões ou estudos preparatórios, mas deixaram-se guiar por acontecimentos nos quais descobriram que o Senhor “os conduzia como que pela mão”.
Não existe uma afinidade entre a espiritualidade, a sabedoria da Regra de São Bento e o nosso carisma SS.CC? A corrente beneditina através da qual os fundadores “receberam” a Regra de São Bento é precisamente uma corrente fortemente marcada pela devoção ao Sagrado Coração desde a época medieval. Contudo, relativamente ao lugar que a Regra de São Bento ocupa na vida de hoje, podemos pensar que ela já não oferece nenhum interesse particular?
A Regra de São Bento:
– propõe uma arte de viver o Evangelho, um equilíbrio e uma unidade de vida tanto a nível pessoal como comunitário. Nossas vidas fragmentadas e dispersas não parecem se destacar nesta arte.
– insiste na escuta, fundamental tanto na oração como na vida fraterna e na relação pastoral.
– dá todo o seu lugar e profundidade à paternidade na pessoa do abade: não teremos que descobrir de novo a necessidade de irmãos e irmãs que, na comunidade, sejam testemunhos da paternidade de Deus?
– envia-nos finalmente ao Evangelho, sobretudo a Cristo.
Hoje pode ter nos surpreendido sem encontrar respostas para muitas perguntas. Mas, tem o mérito de tê-los despertado em nós para nos colocar no caminho tanto nas nossas reflexões como nos nossos corações, disponíveis, abertos no “Escuta…” E como escreve São Bento: “e conseguirás!”
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