O pequeno distrito de Aarle Rixtel, ao norte da Holanda, era composto por muitas famílias que extraíam do campo o sustento dos filhos. Na casa de Padre Eustáquio não era diferente. Seu Guilherme van Lieshout e Dona Elizabete van den Meulenhof se alternavam entre o trabalho e as orações na educação dos onze filhos.
Hubertus van Lieshout, nome de batismo de Padre Eustáquio, nasceu na manhã do dia 03 de novembro de 1890 e, no mesmo dia, foi levado para ser batizado na igreja perto de sua casa. A família era tão religiosa que outras três irmãs resolveram se tornar freiras.
Quando ainda criança, Eustáquio leu sobre a vida de Damião de Veuster, um padre da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, que havia saído em missão numa ilha do Havaí onde se depositavam os leprosos. Aquele, que mais tarde seria conhecido como São Damião de Molokai, viveu na ilha por 16 anos e morreu leproso. O exemplo fez com que o pequeno Hubb, como era chamado na escola, decidisse entrar para o seminário, pouco antes de completar 15 anos.
No dia 10 de agosto de 1919 ele foi ordenado sacerdote e se tornou Padre Eustáquio van Lieshout, ss.cc. Queria ser missionário como o seu herói, São Damião e sua Molokai foi, então, o Brasil.
Em terras brasileiras passou por muitas cidades, cuidando do povo a ele confiado, rezando e abençoando a todos que o procuravam. Muita gente conta sobre curas milagrosas concedidos por Deus, através da intercessão de Padre Eustáquio, um homem que de fato viveu a fé intensamente, com todas as virtudes de um bem-aventurado e com isso foi elevado à lista dos Beatos da Igreja, que aguarda, agora ansiosa, sua canonização.
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