Em um texto feito durante uma conferência para mães cristãs na Holanda, Padre Eustáquio fala sobre a importância delas para a sociedade.
Não se forma uma boa pessoa sem uma boa base. E essa base vem das mães cristãs que sabem criar seus filhos. É ela quem traz ordem e regularidade à casa. E os efeitos disso podem ser vistos não só dentro de casa, mas nas igrejas e na sociedade.
O texto que você lê a seguir, foi tirado do Boletim da Matriz dos Sagrados Corações, publicado em dezembro de 1945.
“A mãe Cristã
Da mãe cristã, está escrito este provérbio no livro do Eclesiástico (Eclo 26,21): “Assim como o sol levante brilha no céu de Deus, assim brilha a beleza da mulher bondosa, como um ornamento em sua casa”.
O sol é o ponto central da natureza. Ele desperta por seus raios a natureza, as flores abrem-se, os pássaros começam a cantar em louvor ao Criador. Ele desperta o homem do sono, chamando-o ao trabalho. Dá calor e faz as plantas crescerem. Tudo e todos se regulam pelo sol.
Quando o sol brilha no céu, tudo está alegre, mas, quando desaparece, tudo está triste, frio e sem vida.
Assim é a mãe de família. Todos se reúnem em redor dela e, quando ela está alegre, todos estão alegres, mas quando a mãe está triste, todos estão tristes. Se ela não estiver mais, na família, tudo estará tão frio, porque falta o traço da união, que une a todos. Que é um lar sem uma mãe? Eu poderia dizer – um relógio parado, um corpo sem vida… O seu governo traz ordem e regularidade a casa. Seu amor e seus cuidados, que incluem a todos, reconciliam os interesses opostos dos membros da mesma família. Ela traz alegria e paz, resignação e amor mútuo aos corações dos seus, ilumina a vida familiar, como o sol.
A mãe verdadeiramente cristã é grande! O seu trabalho é silencioso, simples e escondido até, mas, é público pelos seus efeitos. Os seus efeitos não ficam escondidos no lar, mas ampliam-se à igreja, à pátria e ao bem-estar comum.
Que grandeza, que nobreza, que santidade se encontra no mundo, que não tivessem origem na mãe?
Não é ela só que educa, mas, ela lança os alicerces no lar. Está, ali, sozinha, anos e anos, com o filho. Ela pode modelar este coração e este gênio, a sua vontade. É a primeira e principal formação.
Por isso, disse Santo Agostinho de sua mãe: “Tudo que eu sou, agradeço a minha mãe. Ela não só me deu a vida para este mundo, mas, também, a vida da minha alma. “Como estaria o Reino de Deus sem a mãe cristã? Não vemos na igreja, que Santos como São Basílio, São Gregório Nazianzeno, São João Crisóstomo, Santo Ambrósio, tiveram santas mães?
Levantemos a voz até o céu e perguntemos aos Santos a quem devem a sua santidade, nos dirão muitos caminhos de santidade, muitos meios de santificação, mas sempre estará entre eles: minha santa mãe!
Sim, todas as graças devemos a Deus, mas, Ele as dá pela mãe. Tudo isso é verdadeiro, quando se trata de uma mãe cristã.”
Fonte: Boletim da Matriz dos Sagrados Corações, publicado em dezembro de 1945
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