Objetos que pertenceram a Padre Eustáquio são catalogados em Belo Horizonte

Os materiais que pertenceram ao Bem-Aventurado estão recebendo tratamento e catalogação. São objetos expostos no pequeno museu montado dentro do Santuário da Saúde e Paz e outros pertences de Padre Eustáquio, guardados ao longo dos anos sob a responsabilidade da Vice Postulação da Causa no Brasil.

Cadernos de anotações e a Bíblia usados por Pe. Eustáquio estão entre os objetos.

Dois profissionais da Conservação e Restauro de Bens Móveis estão trabalhando no acervo. Somente no mês de Janeiro 94 objetos foram higienizados e documentados, dentre eles 66 peças de roupas.

Bacharel em Conservação e Restauração de Bens Móveis pela UFMG e Graduanda em Museologia pela UFOP, Cybele Nascimento Silva é uma das pesquisadoras que executam o trabalho. Cybele conta que ficou sabendo do acervo por meio de um colega de universidade e resolveu inscrever o projeto na Lei Aldir Blanc. Aprovado, eles começaram os trabalhos no dia 12 de janeiro.

O livro de orações (Breviário) de Pe. Eustáquio já passou pelo processo.

Marcelino Lopes é o outro profissional que atua no projeto. Bacharel em História pela PUC Minas e Conservador e Restaurador de Bens Móveis pela UFMG, ele pega cada peça, higieniza, procura saber todas as informações sobre ela, fotografa e em seguida acondiciona de modo a preservar o objeto por mais tempo possível.

Dentre os objetos estão: livros, cadernos com anotações feitas pelo padre, cartas recebidas por ele, várias peças de roupa, recortes de jornais que falavam do Padre Eustáquio à época, além de objetos sacros de uso pessoal do Bem-Aventurado.

Para o vice-postulador da Causa de Canonização, Padre Vinícius Maciel, ss.cc., o trabalho é muito importante para cumprir nossa missão de transmitir às gerações a memória e a mensagem do Padre Eustáquio: “Também é muito importante o cuidado com seus pertences que, além do valor histórico, tem um grande valor espiritual considerados como relíquias pois pertenceram a um Beato”, concluiu o religioso.

Todos os objetos, depois de higienizados e catalogados são acondicionados para evitar que se deteriorem.

Todo o projeto tem como objetivo a recuperação e a conservação do acervo, além da pesquisa e comprovação de que realmente pertenceram a Padre Eustáquio. Tudo será classificado para garantir o acesso, exposição e comunicação posteriores.

Mas, como o projeto pela Lei Aldir Blanc termina em março, a vice-postulação está realizado ações para arrecadar fundos que ajudem a bancar os profissionais até que todo o acervo seja catalogado. Se você quiser ajudar basta CLICAR AQUI.

A ideia é usar todos os materiais para montar o grande Museu do Padre Eustáquio, ao lado da igreja. O local já existe e o projeto também, mas precisa passar por adequações e reformas para se tornar um espaço cultural. As ações também contam com o apoio da comunidade.