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Uma homenagem a um dos grandes nomes da Beatificação de Pe Eustáquio: D. Serafim

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Dom Serafim Fernandes de Araújo nasceu na pequena Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, no dia 13 de março de 1924. Aos 12 anos se mudou para Diamantina, onde entrou para o seminário. Depois de se formar no ensino médio, ele foi convidado a estudar em Roma, onde se formou e foi ordenado padre. No Brasil, passou por paróquias e capelanias até se tornar bispo, em 1959, vindo para Belo Horizonte para ser auxiliar de Dom João Resende Costa. Dom Serafim , que já conhecia a espiritualidade de Padre Eustáquio, por meio da devoção de sua família, pode então participar mais ativamente do processo de Beatificação/Canonização havia acabado de ser aberto.
O entusiasmo do jovem bispo o fez tornar um dos maiores responsáveis pelo reconhecimento da vida e história de Padre Eustáquio. Na década de cinquenta, Pe. Alfredo Elfrink, ss.cc, como primeiro vice-postulador para a Causa, foi encarregado de reunir uma infinidade de documentos para pedir ao Vaticano a abertura do processo de Beatificação/Canonização de Padre Eustáquio. O trabalho, junto ao Tribunal Eclesiástico da época foi incansável, até que a Igreja, em 1956, abriu o processo. Era preciso, então dar passos largos na busca pelo reconhecimento das heroicidades e virtudes do padre holandês… e Dom Serafim foi fundamental.
Nos documentos anexados e enviados ao Vaticano, após esse período, está uma das falas mais importantes do processo e ela pertence a D. Serafim. É um relato de quem experimentou a força da intercessão de Padre Eustáquio:

 “Certa manhã de quinta-feira Padre Gonçalo Belém Rocha pediu que Dom João e eu o recebêssemos. Vinha despedir-se de nós, pois fora constatado um câncer na sua garganta. Ficamos transtornados. Chorava o Padre Belém, chorávamos nós dois com o amigo e filho. Assim nos despedimos. Dom João olhou para mim, olhei para Dom João e me veio uma inspiração. Eu disse: ‘Dom João vamos subir à Capela e pedir expressa e fervorosamente a Deus que, pela intercessão de Padre Eustáquio, cure o Padre Belém’. Passamos uns minutos rezando. E colocamos aquele sacerdote nas mãos do Padre Eustáquio, cujo processo de Canonização tínhamos iniciado havia pouco tempo. Na operação segunda-feira, algo de impensável havia acontecido. Os médicos entreolhavam-se, mas o raio X comprovava ‘não havia nada a ser extirpado’ alguém chegara antes!… Padre Belém viveu ainda mais uns 50 anos. Santo é santo, ventania de Deus que ninguém segura”.

Em 2003, o papa João Paulo II reconheceu a heroicidade das virtudes de Padre Eustáquio e em 2006, o papa Bento XVI incluiu o Venerável Servo de Deus, Padre Eustáquio, na lista dos Bem-Aventurados. Estes fatos aconteceram pelo empenho, dedicação e estudo de muitas pessoas, especialmente do Cardeal Dom Serafim, por isso, nossa gratidão ao grande devoto, entusiasta e incentivador do processo de Canonização de Padre Eustáquio!
O Cardeal insistia na importância de comunicar a mensagem de Saúde e Paz do Beato Padre Eustáquio para as novas gerações. Obrigado, Dom Serafim, pelo seu exemplo! Ajuda-nos a manter acesa esta chama!

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