Em julho de 1925, Padre Eustáquio, Padre Gil e Padre Mathias chegam a Água Suja/MG, hoje a cidade de Romaria, no Triângulo Mineiro. Lá, eles começaram os trabalhos daquela que, mais tarde, seria oficialmente a província da Congregação dos Sagrados Corações no Brasil.
Em depoimento ao Tribunal da Causa de Beatificação e Canonização do Padre Eustáquio, Padre Gil conta que há dois anos o local estava sem pároco:
“Água-Suja era uma paróquia da diocese de Uberaba, que tinha um santuário denominado Nossa Senhora da Abadia. Paróquia e Santuário eram assistidos pelo próprio pároco do lugar. Quando nós chegamos, havia dois anos que o lugar estava sem pároco residente e era assistido por uma Missa aos domingos do padre vizinho de Estrela do Sul.”, diz Padre Gil.
A situação da cidade não era nada boa. Muitas mazelas morais e religiosas; os padres, então, chegam com o desejo de mudar aquela realidade. Padre Eustáquio fazia catequese infantil e mostrava predileção pelos pobres e pelos doentes.
“Padre Eustáquio começou a atender um menino que era coberto de chagas; ele mesmo, ao que me disse, fazia o asseio daquelas feridas levando a criatura e ministrando-lhe remédios; o fato é que o menino veio a curar-se; seu pai que era um desses capangas que matavam a soldo de empreiteiros da morte de desafetos, veio agradecer o Padre Eustáquio a cura de seu filho e lhe oferecer gratuitamente os seus serviços contra qualquer adversário que tivesse o Padre Eustáquio.”, conta Padre Gil.
Padre Eustáquio era sempre o primeiro a chegar à igreja para ouvir as confissões e nunca deixava um doente sem sua visita.
“Do ponto de vista de observância religiosa, posso dizer que o Padre Eustáquio era modelar, era de uma fidelidade constante. Entre os religiosos que me cercavam, posso apontar o Padre Eustáquio entre os mais observantes, e certamente um dos mais estimados dos seus confrades.” falou Padre Gil ao Tribunal em 1962.
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