Desde que Padre Eustáquio chegou ao Brasil, a fama de missionário da saúde e da paz foi crescendo. Por onde passava ele era procurado por milhares de pessoas que buscavam suas orações para cura de enfermidades. Com o testemunho de centenas de graças alcançadas, o nome do bem-aventurado chegava, cada vez mais, às pessoas.
Quando esteve em Poá, São Paulo, a pequena cidade não comportava o número de pessoas que procuravam o padre holandês. E diante do aumento diário de pessoas, em maio de 1941, as autoridades civis e religiosas decidiram que Padre Eustáquio precisava ser exilado, com o objetivo de evitar a aglomeração de pessoas que o procuravam. Ele foi enviado para uma fazenda na cidade de Rio Claro/SP, e teve o nome trocado para Padre José.
Padre Eustáquio aceitou a mudança, testemunhando obediência e humildade. Em uma carta escrita pelo Bem-aventurado ao seu superior, ele relata:
“Quanto ao esconderijo, creio que não se podia encontrar melhor! Não vejo ninguém, nem ouço nada aqui. Escondo-me o mais que posso do mundo exterior, mas, se, mesmo assim, Va. Revma. Prever dificuldades ou se julgar necessário que eu vá para o estrangeiro, não vacile em mandar-me. Não tenho medo de morrer nem na terra nem no mar, mas quero morrer como sacerdote. Não tenho apego a coisa alguma – nem mesmo aos meus doentes, pois, para eles posso sempre rezar. Entretanto, de antemão me submeto a tudo quanto as autoridades resolverem sobre mim.”
Mas o exilio durou pouco, mais uma vez Padre Eustáquio foi descoberto, a fazenda invadida por centenas de pessoas e a situação tornou-se cada vez mais difícil. A partir dai o Beato viveu uma verdadeira peregrinação passando por Campinas-SP, Rio de Janeiro-RJ, e São Paulo-SP, até ser transferido para Patrocínio/MG, onde chegou em outubro de 1941.
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